GRATIDÃO


É ótima opção para quem quer trilhar um proveitoso caminho de vida.

O Evangelho de Lucas,17,11, nos dá um exemplo, quando fala da cura dos 10 leprosos.

Atormentados pela doença vieram ao encontro do Mestre

implorar -lhe ajuda. Seguiram os dez pelo caminho e, subitamente, viram-se curados.

Um deles retornou para agradecer. Fora agraciado pela cura e voltava para expressar seu reconhecimento  pela graça recebida.

O Mestre então indagou:"Não foram dez as pessoas curadas? Onde estão os outros nove?"

Não foram encontrados. Talvez possa a gratidão de um compensar a ausência dos outros.

A História também nos dá alguns exemplos.

Durante o período soviético inúmeras pessoas valorosas foram sumariamente expurgadas, inclusive vários oficiais de alta patente e outros.

Desfalcada de marechais e generais a URSS(Rússia) empreendeu nova guerra no afã de anexar mais uma república ao seu imenso Império. 

Os simples finlandeses, movimentando-se em esquis e trenós sobre o gelo, resistiram bravamente, até serem derrotados, tendo que ceder 15% de seu território ao Império Socialista.

O fato é que a URSS de Stalin saiu  bastante enfraquecida de mais uma campanha expansionista, "em nome da justiça social."

As injustiças sociais se sucediam na forma de pogrom, holodomor, coletivização, deportação, russificação etc. Dessa vez a URSS não  desmoronou ainda, em meio a tantos desvarios.

Providencialmente a URSS, naquele momento, firmou o famoso Pacto de Não-agressão Germano-soviético, garantindo-se como fiel aliada do também ditador Hitler, o frustrado pintor austríaco, alçado à condição de Chanceler  da Alemanha Nazista.

Seria o casamento perfeito: a Alemanha Nazista aliada à Rússia Comunista.

Dessa forma a Rússia (URSS) ainda conseguia se sustentar, mal e mal, sem sofrer nenhum dano do terror que assolava a Europa Ocidental.

Pelo contrário, beneficiava-se dele. Abocanhou a outra metade da Polônia, parte da Finlândia e os três países bálticos Estônia, Letônia e Lituânia. com o aval germânico.

Tudo corria como planejado. Até o dia 21 de junho de 1941. Neste dia Stalin enviou à Alemanha um comboio com dezenas de vagões carregados de trigo da melhor qualidade, cultivado na rica terra preta, o tchernozem.

Na madrugada do dia seguinte, 22 de junho de 1941, traiçoeiramenta, as tropas nazi-fascistas invadiram a URSS(Rússia), pegando de surpresa sua ex-aliada debilitada, desnorteada, tiranizada, desfalcada de seus melhores generais. Por  sorte ainda lhe restava um comandante militar de grande valor, o Marechal Zhukov, poupado dos expurgos, por seus méritos, mas também por ser filho de camponês, nascido e criado na zona rural.

Ingratidão é o tema destas linhas, simples reminiscências históricas. O ingrato nazi-fascismo para com seu homólogo soviético.

Stalin, demonstrando aí certa dose de racionalidade, em seu desespero, aceitou a preciosa ajuda dos Estados Unidos da América. 

A potência industrial-militar, democrática, governada pelo brilhante estadista Franklin Delano Roosevelt.

A duras penas, a URSS de Stalin, contando em suas fileiras com milhares de soldados ucranianos, sob o comando do Mal. Zhukov, e com apoio ocidental resistiu por  4 longos anos. Avançou sobre os invasores, entrou na Alemanha, chegou prieiro em Berlim e fincou  a bandeira vermelha no topo dp Parlamento Alemão, no dia 8 de maio nde 1945.

Esperava-se de Stalin uma palavra de gratudão pela inestimável ajuda do Ocidente.

O fim da ll Guerra Mundial foi o início da l Guerra Fria, obrigando o Ocidente a se armar e se proteger contra as ameaças imperialistas do marxismo soviético.

A l Guerra Fria ainda duraria 45 anos até consumar- se  o definitivo desmoronamento da  União Soviética e seu bloco oriental, até então mantido unido a ferro e fogo.

E o grande Mal. Zhukov, o herói do Exército  Vermelho, foi solenemente relegado ao ostracismo, visto que Stalin não permitia que ninguém brilhasse mais do que ele.

Além dos nove leprosos do  século l da Era Cristã, mencionamos aqui a ingratidão de Hitler para com Stalin, a de Stalin para com Roosevelt, novamente a de Stalin para com Zhukov.

A série continua no séc. XXl, agora com Putin para com seu padrinho político Yeltsyn, o mesmo Putin para com o Ocidente que comprava suas commodities a um bom preço e pagava pontualmente com moeda forte.

O mesmo Ocidente que guarda sua fortuna depositada em offshores, Além da sua fortuna pessoal o Ocidente ainda guarda para Putin as imensas reservas cambiais acumuladas graças às expotações de matéria prima explorada na Siberia.

Para que lhe sirva de liçao Putin é agora obrigado a vender seus recursos naturais pela metade do preço, pagos em moeda fraca, para fortalecer a China, a tradicional inimiga do Império Czarista e do Imperio Soviético. A mesma China que há poucas décadas libertou-se do atraso sanguinário .de Mao tse Tung.

Sob nova administração, em tempo record  elevou-se à categoria de segunda maior potência industrial-militar, graças à Ciência e à Tecnologia transferidas para lá, pelo Ocidente.

E para terminar,recentemente, numa última declaração conjunta, os dois títeres,  o russo e o chinês, anunciam a intenção de destruir seus benfeitores, o "pervertido" inimigo ocidental.

Querem matar a galinha dos ovos de ouro.

É  ingratidão salpicada com tolice.

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