O MITO
O poderio militar russo sempre foi um mito, uma lenda surgida nos tempos dos czares, passando pelos soviéticos e continuando com o atual czar Wladimir, o Falastrão.
Em toda sua história a Rússia czarista, soviética e putínica jamais atacou uma potência militar forte. Seus mandatários, despóticos e autocratas, sempre tiveram o cuidado de só atacar pequenas nações, etnias frágeis. e vulneráveis.
Foi assim que a Rússia original, a Rússia européia, de Moscou ou Petrogrado, pouco a pouco foi ampliando seus domínios, conquistando mais e mais terras alheias e anexando -as à metrópole. Eram colônias agregadas ao Império , tidas como províncias integradas à Capital.
Por meio da política de "russificação", populações inteiras eram transferidas da Rússia para as colônias a fim de garantir a ocupação do espaço anexado.
Foi até construída uma Ferrovia Transiberiana para facilitar a integração.
Enquanto nações ocidentais estabeleciam suas colônias na África, Ásia, América e Oceania, formando seus respectivos Impérios, igualmente a nação russa partia para as vastidões siberianas.
Assim constituiu-se o mais extenso país-império do mundo, hoje abrangendo 17 milhões de km2, o dobro da área do Brasil.
Todo esse império foi conquistado militarmente por exército fraco, lutando contra etnias mais fracas ainda. O Império se expandia às custas da pobre população em geral, tal como no imperialismo ocidental.
Na reta final do Império Czarista, já no séc. XX, a Rússia sofreu duas derrotas decisivas: contra o Japão em 1905 e contra a Alemanha em 1917. Pela primeira vez duas derrotas contra duas potências.
Seguiu-se a Guerra Civil entre mencheviques e bolcheviques, russos contra russos, cabendo a vitória aos vermelhos bolcheviques, comandados por Lenin e Trotsky.
Na sequência o Império Soviético, embora se apresentasse como oposto ao czarismo, na verdade resolveu adotar a mesma política expansionista-colonialista, agora justificada pela doutrina marxista da Revolução Mundial. Seguiram -se novas conquistas e anexações, com a meta de levar o comunismo -marxismo ateu para todos os povos.
A Rússia chegou a anexar 14 repúblicas, militarmente fracas, para não correr o risco de uma derrota humilhante.
Em duas guerras consecutivas (Guerra de Inverno) tentou anexar a Finlândia inteira, um país de 5 milhões de habitantes. Foi derrotada na l Guerra de Inverno e vitoriosa na Segunda, abocanhando então 15% do território finlandês. Não ousou atacar outras nações mais fortes.
A Rússia conseguiu sim, heroicamente, não atacar e sim defender-se da invasão alemã nazi-fascista, graças ao decisivo apoio da Ucrânia e dos aliados ocidentais.
Após a ll Guerra Mundial a União Soviética, frequentemente confundida com Rússia, optou pelo confronto com o Ocidente democrático, embarcando numa Guerra Fria que duraria 46 anos.
Os dirigentes soviéticos tiveram sempre o cuidado de manter a guerra fria, jamais a guerra quente, temerosos de uma fatal derrota.
A mais arriscada aventura em que se meteu foi a chamada Crise dos Mísseis, em 1962, quando Khrushchev,(Хрущёв) decidiu instalar mísseis soviéticos em Cuba, no quintal dos Estados Unidos.
A reação norte -americana foi imediata.
Foi o único momento em que a lll Guerra Mundial parecia iminente. Graças à postura determinada de John Kennedy, Khruchev, muma prova de sensatez, retirou os mísseis, recuou e voltou para casa.
A última e desastrada aventura bélica da URSS (Rússia) foi no Afeganistão, de 1979 a 1989.
Foram 10 anos de luta encarniçada contra os guerrilheiros talibans, terminando com a capitulação do Exército Vermelho, o retorno dos sobreviventes e perdas milionárias, que decretaram o fim da União Soviética em 1991.
Esperava-se então que tudo mudasse na nova Rússia , uma vez liberta do engessado marxismo estatizante.
Ledo engano.
9 anos depois sobe ao trono um psicopata megalomaníaco com a mesma política de seus antecessores: investir pesadamente na indústria bélica, sacrificar o povo e induzir crianças e adultos ao ódio contra o Ocidente, instituiu a Juventude Armamentista ( Юнармия)copiada da Juventude Hitlerista.
Cultivava o ódio ao Ocidente, porém investia suas fortunas e reservas cambiais no Ocidente, em flagrante desprezo por seu próprio povo, o próprio gerador de riquezas.
E escolhia enfrentar adversários fracos para nunca correr o risco de alguma derrota humilhante.
Assim entendem-se as campanhas de Putin na Chechênia, na Geórgia, na Moldávia, na Criméia, no Donbass, e por fim na própria Ucrânia, a ser conquistada em três dias, conforme às desinformaçōes fornecidas pelo seu também precário Serviço Secreto de Inteligência.
Putin revelou-se um péssimo espião.
A desinformação foi tamanha que os três dias já se estendem para 17 meses.
É a primeira vez que o monarca Putin, despreparado, é obrigado a enfrentar uma grande potência , a Ucrânia aliada à OTAN.
Neste exato momento, junho de 2023, quando milhares de russos, despertos, se voltam contra outros russos, inebriados pela propaganda,
um novo Sol desponta no horizonte eslavo.
O valoroso povo russo está prestes a encontrar sua verdadeira vocação, com paz e prosperidade.
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