A EVOLUÇÂO

 Uma Lei inexorável em qualquer categoria  da existência é a Lei da Evolução. A favor da nossa vontade ou contra a nossa vontade, não importa, a evolução é onipresente. É neste sentido que a caminhada do Ser Humano ao longo dos milênios é acompanhada pelo primado da evolução.

       O Ser Humano é quadrimembrado, quer dizer constitui-se de quatro membros que foram, um por um, integrando-se à entidade humana.

       Primeiramente o corpo calórico como rudimento do atual corpo físico., Na segunda fase acrescentou-se o corpo etérico-vital germinal. Na terceira fase adicionou-se o componente astral, responsável pelas emoções, sentimentos etc. Só na atual fase, a fase Terra, a quarta fase da evolução paralela da Terra e do Homem, o Ser Humano recebe o "eu", a princípio um eu mais coletivo, digamos um "eu grupal". Assim o Ser Humano continuou evoluindo, aperfeiçoando o seu eu coletivo, vinculado a um grupo, a uma tribo, a um clã.

       A evolução caminhou num sentido em que , num dado momento,  uma determinada pessoa captou dos mundos superiores a  missão espiritual que lhe caberia cumprir. Foi Abraão, nascido em Ur, na Caldéia. uma região correspondente ao Iraq atual. Esse homem, Abraão, escolhido para uma missão superior, emigrou para a Terra de Canaã, para ali gerar o Povo Eleito, para cumprir  três missões principais: o monoteísmo, o pensar claro e o messianismo.

       No seio do Povo Eleito nasceu o menino Jesus,  no ano 0 da nossa era. No ano 30 o homem Jesus recebeu o batismo no Rio Jordão  e iniciou sua atuação como o Cristo Jesus, o Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Trindade. Cumpria-se aí a terceira missão sublime do Povo Eleito: trazer ao mundo o Messias.

Graças ao Feito de Cristo foi dado ao homem, pela peimeira vez, a consciência do "eu" individual, emancipado de qualquer vínculo grupal, tribal, nacional  ou hereditário. Foi o nascimento do eu propriamente dito. Desde então está  aberta a qualquer pessoa a possibilidade de sintonizar-se com essa frequência crística e desenvolver o seu potencial individual, livre e responsável. O eu superior.

       Cumpria-se a mais sublime missão do Povo Eleito.

       Apenas uma fração do Povo Eleito não acatou a Nova Mensagem, A Boa Nova, o Ev Angelion. Essa minoria permaneceu estacionada no Antigo. Não admitia a possibilidade de dar o passo para o Novo. Cristalizou-se no Velho, olhando para trás, tal como a mulher de Ló, diante de Sodoma e Gomorra.

       A maioria do Povo Eleito deu continuidade à sua missão: olhou e caminhou para a frente. Evoluiu. A minoria estagnou. Quem estagna, regride.  Por livre opção, por decisão e arbítrio próprios, a casta dominante no Templo de Jerusalém permaneceu no passado. Essa casta, estacionária, veio a constituir o Povo da Diáspora, disperso pelo mundo, enfrentando as maiores resistências dos povos à sua volta. O antijudaísmo foi a constante desse Povo durante 20 séculos, culminando com o Holocausto, entre 1933 e 1945. As comunidades judaicas, nos diversos países em que se estabeleceram, excluíam-se do restante. Não permitiam a integração com a gente do povo local, os gentios, do latim "gens, tis", equivalente ao hebraico "goy". 1945 foi o divisor de águas. Metade da população judaica optou por permanecer na Diáspora e, lentamente, romper com os vínculos tribais. Gradativamente os judeus na Diáspora, nos diferentes países que os acolheram, foram aculturando-se e miscigenando-se com os "goym". E prosperando pacificamente.

       A outra metade da população judaica optou por emigrar e, a partir de 1948, constituir um novo Estado Judaico . o chamado Judenstaat, termo criado por Theodor Herzl. Essa segunda metade do Povo Eleito optou por retroceder ao antigo exclusivismo, quer dizer fundar um país exclusivo para o Povo Judaico, adepto da Religião Judaica. É o único exemplo de um país exclusivo para um povo e para  uma religião. Em pleno século XX a metade do Povo Eleito decidiu criar um monstro, uma aberração histórica, um país exclusivista.

       O resultado é que quem paga o preço mais alto por esse desvio vocacional é o próprio Povo Eleito  de Israel.

       Qual é o preço pago por esse desvio? A perda da liberdade.

       Grande parte do povo israelense vive às custas do fluxo contínuo de dinheiro externo, dos cofres do Tesouro Norte Americano e de cidadãos israelitas que ainda, cada vez menos, se dispõem a contribuir para a manutenção  de um projeto inviável.

       E como a escalada de violência intensifica-se a cada dia no Oriente Médio, mais e mais cidadãos israelenses decidem emigrar de volta à Diaspora, quer dizer voltar a viver próspera e pacificamente, com recursos próprios, em liberdade,  em companhia da gente local.

       Esta é a opção agora, para quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir.

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