A MOTIVAÇÃO
Neste momento assistimos a duas guerras acontecendo no mundo: 1) a guerra Rússia x Ucrânia. 2) a guerra árabe - israelense.
As duas guerras são movidas por dois líderes, respectivamente: Putin e Netaniahu.
O que esses dois líderes têm em comum? Qual é a única motivação que leva os dois a fabricar guerras?
Resposta: a necessidade de auto-afirmação.Vejamos o caso 1.
1) Putin nasceu em 1952, numa família que havia sofrido os horrores de 800 dias do cerco de Leningrado pelas forças nazistas alemãs. Putin desenvolveu aí um forte sentimento de revolta contra seus opressores. Ao mesmo tempo desenvolveu uma forte admiração pala belicosidade germânica.
Como tinha pequena estatura era provocado por seus colegas. O menino Vladimir reagia com brigas contra os mais fortes. E desde cedo estudava alemão. Já desejava entrar para o serviço militar e o serviço secreto. Como agente da KGB (Komitê Estatal de Segurança) foi designado para servir na Alemanha Oriental, na cidade de Dresden. Acompanhou de perto a derrocada do regime comunista, a queda do Muro de Berlim em 1989 e a falência da União Soviética em 1991.
Foram dois golpes em suas convicções.
Foi então encaminhado à Prefeitura de São Petersburgo, onde começou a desenvolver as pràticas de corrupção. Dali foi encaminhado a Moscou como assessor do Presidente Yeltsyn o Alcoólatra. Acompanhou de perto as manobras dos oligarcas, em conluio com o governo federal.
Em 2000 assumiu a presidência da Federação Russa. A partir de então ele pôde , com maior desenvoltura, manipular os oligarcas e participar de seus lucros. Quem não concordava com o esquema era preso e condenado
Com isso Putin amealhou uma grande fortuna, a qual ele teve o cuidado de aplicar, não no Banco da Rússia em Moscou, e sim em paraísos fiscais offshore, no Ocidente. Seus colegas oligarcas, igualmente, aplicavam suas fortunas também em iates, mansões, castelos e times de futebol. Tudo no Ocidente.
Como a necessidade de auto-afirmação e o complexo de inferioridade continuavam presentes em sua personalidade, Putin partiu para um projeto mais ousado: ampliar ainda mais o seu já grande império, a exemplo de seus antecessores, soviéticos e czaristas. Putin espelhava-se em Stalin e Pedro o Grande. E cultivava em seu povo a mentalidade guerreira, acompanhada de nacionalismo patriótico e senso de superioridade.
Neste sentido Putin cuidou logo de promover algumas guerrinhas curtas , com vitórias acachapantes, contra inimigos fracos: Chechênia , Geórgia, Moldóvia, Criméia e Donbass.
Para coroar esse ciclo de vitórias e afirmar-se como grande líder patriótico, consagrado pela população, invadiu a humilde Ucrãnia. para conquistá-la em poucos dias.
Deu ruim para ele. Pela primeira vez, aos 71 anos de idade, em seu quarto mandato, Putin enfrenta um inimigo forte, numa guerra longa. sem prazo para terminar.
Se for derrotado, será imediatamente preso e encaminhado ao banco dos réus, na Corte de Haia.
2) Na guerra árabe-israelense destaca-se a figura de Netaniahu, conhecido também como Bibi.
Vivia nos Estados Unidos, mas em dado momento aportou em Israel e esposou a causa sionista- religiosa´ingressando no Likud. Como tal fundou um grupo extremista favorável à guerra.
Em 1995, q uando o Primeiro Ministro Isaac Rabin estava prestes a concluir um acordo de paz com os palestinos, um jovem fanático israelense do grupo de Netaniahu assassinou o seu próprio Primeiro Ministro, a fim de que a guerra tivesse continuidade. Para o atual Primeiro Ministro a paz era um mau negócio. Essa tem sido a postura básica dos sucessivos governos ortodoxos Likud: promover a guerra.
Neste sentido o Likud vem apoiando a instalação de novas colônias ortodoxas fora de suas fronteiras, na Cis-Jordânia. O território israelense expande-se continuamente. através de guerras curtas e vitórias acachapantes.
Só agora, pela primeira vez, em seu quarto mandato, Netaniahu experimenta uma situação inédita: uma guerra longa contra um inimigo forte. sem data para terminar.
Se for derrotado, perderá a imunidade parlamentar e será preso para responder a quatro processos que correm contra ele na Justiça Israelense.
No melhor das hipóteses será encaminhado à Corte de Haia. acompanhado de Putin.
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