O EU SUPERIOR
Ao longo da evolução da Terra o Ser Humano evoluiu junto e foi, gradativamente, incorporando os diversos membros que o compõem, hoje.
Primeiramente incorporou um componente puramente calórico que evoluiu, e veio a constituir o seu corpo físico atual.
Na segunda fase da evolução,
ao elemento calórico acrescentou-se o elemento aéreo-- luminoso, bem como o rudimento do corpo etérico-vital.
Na terceira fase evolutiva ao conjunto calórico-luminoso- aéreo, adicionou-se ao corpo humano em formação o elemento líquido- aquoso, acompanhado da inserção do corpo astral rudimentar.
Só agora, na atual quarta fase da evolução paralela da Terra e do Homem, incorpora-se à entidade humana o "eu".
A princípio era ainda um eu embrionário, rudimentar, com características mais coletivas. Desse modo o Ser Humano na antiguidade, desenvolveu e aperfeiçoou um eu de caráter grupal. Vamos chamá-lo de "eu grupal". Era uma fase necessária da evolução humana. O Homem sentia-se seguro quando integrado a uma coletividade, a um grupo, a uma tribo, a uma nação. O que contava para o Ser Humano não era propriamente o indivíduo em si, e sim o grupo ou a tribo ou o clã ao qual ele pertencia. Isso lhe dava segurança.
Dentre os povos da Antiguidade um povo se sobressaiu e foi porisso encarregado de cumprir três missões fundamentais para propiciar a marcha evolutiva da Humanidade como um todo. Esse foi o Povo Eleito, o Povo Hebreu, o povo de Abraão. Foi o povo chamado para cumprir as três missões cósmicas, a saber: o monoteísmo, o pensamento lógico e o messianismo.
Para carregar essas tres bandeiras o Povo Hebreu tinha que enfrentar contínuas hostilidades de outros povos à sua volta: os filisteus, os cananeus, os moabitas, os amonitas,etc. Eram povos pagãos politeístas. Como única exceção o Povo Hebreu (Judeu) expunha-se a toda sorte de enfrentamentos com seus vizinhos. Com isso o Povo Eleito desenvolveu habilidades extraordinárias para superar os incontáveis obstáculos que as circunstâncias lhe impunham.
A longa espera messiânica por fim se realizou: no ano 0 da nossa era, na Virada dos Tempos, nasce o menino Jesus, de Maria e José, da linhagem de David. Tudo conforme as profecias.
No ano 30 o homem Jesus recebe o batismo no Rio Jordão. Manifesta-se nele o próprio Cristo, o Filho de Deus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade.
Do ano 30 ao 33 cumpriu-se, exemplarmente, a terceira missão sublime do Povo Eleito: trazer ao mundo o Messias. Significava o nascimento do "eu" propriamente dito, o eu individual, o eu superior.
A população da Terra Santa aderiu à Boa Nova, ao Ev Angelion, e deu continuidade à sua nobre missâo. Uma fração do Povo Eleito, os Fariseus, os Saduceus, os Doutores da Lei, Os Escribas, uma casta erudita rejeitou a proposta crística e continuou fiel ao passado: ao Antigo Testamento, à Lei Mosaica , à Antiga Aliança, à Torá.
A destruição do Templo de Jerusalém pelo Império Romano no ano 70 significou o fim de uma era e o inicio de um novo ciclo. A partir de então a Humanidade tem a possibilidade de, em plena liberdade, desenvolver o eu individual, livre, responsável e emancipado de vínculos hereditários e tribais.
As afinidades consanguíneas são gradativamente substituídas pelas afinidades eletivas. O indivíduo emancipa-se da tribo e desenvolve a sua personalidade. Integra- se à comunidade, respeitando o outro.
Eu e tu somos nós. A comunidade compõe-se de indivíduos livres.
A evolução caminha neste sentido.
Qualquer iniciativa, hoje, de formar grupos fechados, uniformes e estereotipados, está na contramão da História.
Remar contra a corrente tem um custo alto. material e humano.
As iniciativas de guerra, hoje, na Europa Oriental e no Oriente Médio, são resquícios dessa ancestralidade não superada, um retorno à alma grupo, ao eu grupal, ao eu tribal, nacional.
Um retrocesso que gera grandes sofrimentos. Promovido por fósseis culturais.
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