A planta, consumida como alimento, favorecerá os processos etéricos de calor e luz no corpo, sobretudo no cérebro.

                              O oxigênio (O2), transportado pelo ferro, é rebocado na corrente sanguínea por 4 nitrogênios e levado à célula, onde irá comburir os compostos carbonados no processo de respiração celular, e produzir gás carbônico, água e energia vital, a qual mantém o ser vivo. Neste momento entra em cena uma substância que Primavesi qualifica como “quase milagrosa”, o ATP, adenosina trifosfato, cujo principal componente é o fósforo (P), de número atômico 15, situado na coluna 15 da tabela periódica, imediatamente abaixo do nitrogênio, portador do astral. Phosphoros, palavra grega, significa portador de luz, de energia luminosa. O ATP é portador de energia química potencial, ou seja energia solar catalisadora de fotossíntese, capturada nos carboidratos, liberada pela combustão celular e que ressurge transsubstanciada como energia vital, etérica, éter de luz e de calor, ocultada no ATP, e novamente liberada para catalisar outros processos no organismo vivo. Também no CA (1924), 5ª Conferência, Steiner nos apresenta o preparado 507, o extrato de flor de valeriana, que confere ao adubo orgânico, e conseqüentemente ao solo e à planta, a capacidade de comportar-se adequadamente ante o que se chama “substância fósforo”.
            A planta, consumida como alimento, favorecerá os processos etéricos de calor e luz no corpo, sobretudo no cérebro.
            O fósforo (P), de número 15, tem como irmão gêmeo o enxofre (S), seu vizinho da direita, de número 16, igualmente um portador de luz, subentende-se, portador de luz etérica, de éter de luz, localizado na coluna 16, imediatamente abaixo do oxigênio, portador do etérico. Pensando como Darwin, toda essa configuração seria mera coincidência, produto do mero acaso e de luta pela sobrevivência. Para a Ciência Espiritual, a localização dos diversos elementos na Tabela, sua evolução e sua metamorfose obedecem a uma inteligência superior preexistente.
Do lado esquerdo do fósforo situa-se o silício (Si), de número 14, logo abaixo do carbono. Não é por acaso que o silício ocupa a casa 14 no conjunto dos elementos. O silício, componente do cristal, do quartzo, do prisma, é o grande receptor de luz, situado ao lado do portador. O silício não só recebe, como também reflete, repassa e refrata os raios luminosos. Como preparado 501, processado adequadamente, dinamizado e nebulizado sobre as folhas ao amanhecer, aperfeiçoa os processos fotossintéticos, e por extensão, os processos proteossintéticos, fundamentais para a sanidade vegetal e a qualidade nutricional do alimento. Chaboussou e Primavesi confirmam essa verdade. A planta que sintetiza bem suas substâncias será mais saudável, saborosa, aromática, bonita, e resistente a patógenos.

            Sintetizando o exposto reproduzimos aqui a família dos seis elementos tal como eles aparecem agrupados na Tabela:


C6
N7
O8
Si14
P15
S16



Na coluna 1 da Tabela, destacamos dois elementos importantes, o sódio (Na) e o potássio (K), O Na tem número 11 e estrutura orbital 2 8 1; tem, portanto um eléctron na camada de valência. Ao perder este eléctron, de carga negativa, torna-se monovalente positivo, o íon Na+. O Cloro (Cl) tem número 17 e estrutura orbital 2 8 7. É polar ao sódio, tem 7 elétrons na última camada, faltando portanto um eléctron para completar a terceira órbita. O que o sódio tem a mais, o cloro tem a menos. Movidos por uma impulso mineral o sódio e o cloro (ou a clora) buscam a complementação mútua e dessa união surge algo novo, o cloreto de sódio, (NaCl), o conhecido sal de cozinha, em forma de cristal. O cristal de sal, de açúcar, de quartzo, é portador de uma consciência em nível mineral, inferior à consciência de sono profundo, ou consciência de coma, própria do reino vegetal, da vida vegetativa, visto que o vegetal sempre dorme profundamente, assim como o animal sonambula com sua consciência onírica, de sono superficial, ou consciência de sonho.
O potássio (K), de número 19, é o terceiro da série NPK, o elemento que confere rigidez à planta e resistência ao acamamento. Além de macronutriente funciona também como micronutriente, ao lado do cobre, nos processos do nitrogênio, na composição da molécula proteica (proteossíntese). O primeiro dos preparados para composto, o 502, feito de flor de mil-folhas, trabalha o K e o S, aperfeiçoando o processo de síntese proteica. Sua estrutura orbital é 2 8 8 1, é portanto um íon K+ que busca também combinar-se com o cloro (Cl-) para formar o cloreto de potássio (KCl), um adubo químico, mineral, hidrossolúvel.
O cálcio (Ca) é o vizinho do potássio, tem número 20. É um elemento estruturante do solo; e também do osso. 55% do osso é Ca3(PO4)2, o bifosfato tricálcico. No osso o cálcio aparece associado ao fósforo, ou seja, a estrutura e a luz unidas na mesma molécula e interiorizadas no endoesqueleto ósseo.
O preparado 503, de camomila, tal como o de mil folhas, trabalha o enxofre e o potássio, mas “elabora adicionalmente o cálcio” (CA). Os elementos enxofre e cálcio lembram a calda sulfo-cálcica, de ampla aplicação na agricultura. A calda atua superficialmente em forma elementar. O 503 age na profundidade, na dinâmica, catalisa processos homeopáticos, exclui da planta aqueles efeitos frutificantes nocivos (idem, ibidem), do tipo “vassourinha” no chuchu e “vassoura de bruxa” no cacau.
O cálcio é o receptor e concentrador de forças lunares, veiculadas pela água.
Essa vocação dos elementos em combinar-se entre si tem o nome de “afinidade química”, que poderíamos entender como “afinidade eletiva” (“Wahlverwandtschaft”), segundo Goethe.
Enquanto a sílica é inerte, a cal é altamente reativa, combinando-se facilmente com a água para gerar cal extinta, e liberar calor. Ambas formam uma polaridade. A sílica, inerte, recebe; a cal reage e libera.
O preparado 500, de chifre-esterco, tem função cálcica; age no escuro do solo, no húmus, na estruturação, na retenção e liberação de água e nutrientes, nas micorrizas, na micro e na mesovida, etc.
Galgando a coluna 2, logo acima do Ca temos o magnésio (Mg12). Juntos constituem o calcário dolomítico. O Mg é também o elemento central da clorofila, ocupando o lugar do ferro na hemoglobina, igualmente protegido por um tetrapirrólico.
A clorofila A tem fórmula molecular C55H72O5N4Mg. Contemplemos as correlações: Clorofila e hemoglobina formam imagens especulares, o pigmento verde e o vermelho, onde o Mg12 e o Fe26 são os elementos centrais; entre o 12 e o 26 está o 14, o silício. Pigmentos são corantes; o silício recebe e refrata a luz nas sete cores do espectro solar. A planta verde, tratada com chifre-sílica (501) irá necessariamente favorecer os processos clorofílicos e fotossintéticos e, por extensão, os processos hematopoiéticos e hemoglobínicos no organismo animal e humano. Será verdade que o magnésio se transmuta em ferro, segundo a reação Mg12+Si14 àFe26?
Será por isso que cresce hoje o consumo de sucos clorofilados como terapia para tratar estados anêmicos? A cada dia novos aspectos se revelam vinculados aos preparados biodinâmicos.
E nem todo sangue é vermelho. Crustáceos e moluscos apresentam o chamado sangue azul, que por ser azul não contém ferro no centro de uma hemoglobina, e sim o cobre no centro da hemocianina, também circundado por um anel tetrapirrólico e situado na Tabela três casas adiante do ferro. 

Comentários

  1. Respostas
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