A BOMBA BRASILEIRA


Em 1975 o Brasil assinou um Acordo para importar da Alemanha uma tecnologia pacífica de enriquecimento de urânio a ser implantada em Angra Dois, prevendo-se a ampliação do projeto para 8 usinas nucleares, a um custo de
36 bilhões de dólares.
Eu, pessoalmente, tive a oportunidade de participar do Acordo em seus três primeiros anos de vigência, na Nuclebrás e na Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Com o tempo aquela tecnologia proposta mostrou-se inviável e o Acordo foi desfeito com grande prejuízo.
Em seu segundo governo o Presidente Lula falou em reativar o Acordo Nuclear, provavelmente  pensando em chegar à bomba atômica, tal como a ditadura militar na última década de 70.
Fabricar a bomba e ganhar um assento no seleto Conselho de Segurança da ONU. Quer dizer, mais poder de fogo, mais segurança.
A idéia de reatar com a Alemanha não prosperou e Lula partiu para o Irã, que já pretendia fabricar a bomba para "varrer Israel do mapa", bem como outros "infiéis."
Agora, em seu 3° ou 4° mandato, Lula acena de novo ao Irā, que já alcançou 83,7% de enriquecimento de Urânio, perto de 90%, limite mínimo para detonar a bomba.
Assim se explica a chegada de dois navios iranianos, carregados de armamentos, atracados no porto do Rio de Janeiro, o que não agradou em nada a Biden, mas a agradou a Putin, também aliado do Irã.
Ao mesmo tempo o Brasil, após hesitações iniciais, decepciona a Rússia ao condená-la pela invasão da Ucrânia.
E nosso presidente ainda luta para libertar -se do "complexo de vira-lata" (Nelson Rodrigues) e quer afirmar-se perante o mundo como grande pacifista-belicista.
Ele quer a bomba, mas quer também saciar a fome de 33 milhões de brasileiros.
Esperamos qual objetivo ele alcançará primeiro.
Cachorrinho ou cachorrão, vira lata ou latão, a nação protetora do meio-ambiente espera, ansiosa, a proibição definitiva da energia nuclear, como dizia Lutzenberger, "uma tecnologia indecente e imoral."

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