ALERTA


O problema da vaca louca começou há 100 anos atrás, nos clubes de tiro ao pombo, quando os nobres atiradores ingleses passaram a usar pássaros abatidos na ração de ovelhas, animais herbívoros ruminantes, fisiologicamente não adaptados para metabolizar proteína animal.
Na época o filósofo-cientista Rudolf Steiner alertou para o perigo de esses animais desenvolverem o mal, não naquela, mas numa futura geração, visto que a predisposição seria transmitida genéticamente.
Na ocasião Steiner foi ridicularizado por essa previsão.
O fato é que, algumas décadas depois, milhares de bovinos tiveram que ser sacrificados, pois havia o risco de sua carne contaminar humanos.
No Brasil não havia, em princípio, esse perigo, já que 80% do rebanho era alimentado a pasto.
Por isso o Brasil beneficiou-se no mercado internacional, oferecendo carne de qualidade.
Acontece que, inadvertidamente, alguns pecuaristas passaram a usar farinha de osso e cama de frango, sobretudo em confinamentos.
O uso de farinha de osso na ração de herbívoros tinha uma justificativa cartesiana.
O osso compõe -se em 55% de Ca e P, mais precisamente Ca3(PO4)2 (bifosfato tricálcico), seg. Kiehl, Fertilizantes Orgânicos, pág. 185.
Como o osso contém esses dois macronutrientes, recomendava-se a farinha de osso no arraçoamento, sobretudo de vacas leiteiras.
Porém eram dois minerais, cálcio e fósforo, extraídos de uma matriz orgânica, contendo osseina, na proporção de 27%.
Na matéria seca a proporção alcança 29%.
Com o surgimento do mal da vaca louca, ou "encefalite espongiforme bovina" (BSE), a legislação proibiu o uso de farinha de osso, bem como cama de frango, como ração de herbívoros.
Clandestinamente, alguns criadores continuaram usando ingredientes proibidos, inclusive cama de pocilga e até esterco de porco puro.
Agora, poucas décadas depois, confirma-se a previsão e surgem novos casos de ",mal da vaca louca", no norte do país, sem contar outros casos ainda não notificados, em outras regiões.
A Biodinamica-Uma Visão adverte hoje quanto ao uso corrente de farinha de peixe na piscicultura e farinha de pena na avicultura. Animais consumindo proteína da sua própria espécie. Daí a incidência de canibalismo em granjas aviárias.
E o consumidor, inadvertido, arrisca-se a ingerir o " príon", a proteína presente na "Síndrome de Creutzfeldt-Jakob", tal como os nativos da Nova Guiné também apresentavam os sintomas de cérebro esponjoso,
 após consumirem o cérebro de algum valoroso cacique recém- falecido.
Se o alarme anunciado no norte do país funcionar, o pecuarista brasileiro, desperto, adotará  princípios biodinâmicos no arraçoamento animal, garantindo a preferência de seu produto nesse nicho de mercado.

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