MONOTEÍSMO

Um passo extremamente difícil para qualquer pessoa é superar a crença em diversos deuses, o politeísmo.
As culturas mais antigas eram politeístas, pois essa postura correspondia a uma natureza arraigada no ser humano.
Ídolos do esporte, da política, gurus da economia, são ainda hoje reverenciados como semideuses.
Não era diferente na antiguidade clássica greco-romana. As inúmeras divindades mitológicas satisfaziam a necessidade bem humana de diversidade.
Os latinos expressavam-se na frase: "Varietas delectat" (A variedade agrada).
Constantino o Grande, em 313, foi o primeiro imperador romano a assumir, pessoalmente, a crença monoteísta e converteu -se ao Cristianismo.
Abandonou Roma e transferiu-se com sua corte para outra cidade, Bizâncio, logo rebatizada de Constantinopla (Constantinópolis), a mesma que hoje é Istambul, ex-capital da Turquia.
Paralelamente o Império Romano do Ocidente prosseguiu,
Algum tempo depois de Constantino é a vez de o Imperador Teodósio também se converter e declarar o Cristianismo como religião oficial do Império Romano, o equivalente hoje a um Estado Teocrático. E logo passou a perseguir impiedosamente todas as heresias divergentes.
O passo seguinte seria recondicionar a população a, subitamente, acreditar em um só deus.
Para contornar essa dificuldade a Igreja admitiu a devoção a vários santos e nossas senhoras, bem como a adoração a diferentes esculturas, às vezes representando uma mesma pessoa. Dessa forma a nova religião se firmou, assumindo um protagonismo maior, muitas vezes sobrepondo -se às autoridades leigas.
Modernamente, no Ocidente, o quadro é bem diferente. Aqui consolida-se cada vez mais o Estado laico, consagrado nas Constituições, onde governo e religião ocupam lugares distintos na sociedade.
Até no Patriarcado Ortodoxo Oriental já se percebem incipientes indícios de emancipação entre as duas esferas, administrativa e clerical.
Na medida em que o fiel desperta o culto à personalidade torna-se supérfluo.

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