A DINAMIZAÇÃO

   A DINAMIZAÇÃO

    A   medicina  homeopática, assim como a agricultura  biodinâmica, inclui a dinamização como parte essencial de suas práticas, terapêuticas e rurais.  As forças que estão silenciosamente contidas nos elementos, e nos alimentos, precisam ser dinamizadas para que possam cumprir suas funções.

       Um exemplo corriqueiro é o que acontece com o sabão, seja o sabão em pedra ou o sabão em pó, ou mesmo o sabão líquido.

       Todo sabão contém em si, secretamente, um alto poder detergente capaz de dissolver o sujo das roupas, seja no tanque da lavadeira, no tanquinho ou na máquina de lavar.

       O sabão, por si só, não faz nada. Mas quando a lavadeira, ou a lavadora bate, bate repetidas vezes, aí vai-se formando uma espuma, que cresce e pode até  transbordar. Aí sim, a espuma dissolve a sujeira. O poder detergente, oculto, do sabão é ativado, é dinamizado, é visibilizado.

       A espuma é o resultado visível da dinamização.

       O mesmo acontece com o alimento. Este contém uma força oculta, um poder nutriente. Pela mastigação, trituração mecânica e salivação bioquímica enzimática, já na boca o alimento começa a liberar seu poder nutriente. percebido pelas papilas gustativas.

       Sabor é uma propriedade organoléptica que nutre tal como o aroma, a cor, a sedosidade, são qualidades organolépticas que nutrem através dos órgãos sensoriais, paladar, olfato, visão etc..

       Após a primeira dinamização bucal, o alimento segue seu curso pelo esôfago, e  chega ao estômago, onde prossegue a ativação de forças pela ação de enzimas digestivas e o suco gástrico, o ácido clorídrico, de alto poder solvente.

       Em animais ruminantes o alimento é digerido em quatro estômagos e reduzido a particulas cada vez menores pela comunidade microbiana do rúmen: bactérias celulolíticas degradam a celulose,as sacarolíticas a sacarose, as proteolíticas a proteína,    as ureolíticas a uréia, as amilolíticas o amido. O rúmen chega a abrigar até 7 kg de bactérias decompositoras que degradam e liberam a força nutriente aprisionada no alimento.

       Em seguida o alimento cai no intestino delgado onde sofre mais uma refinada dinamização pelos sucos entérico, pancreático e biliar.

       Graças a esse delicado processamento químico-mecânico, os componentes alimentares vão liberando forças até a superfície que as partículas menores podem ser absorvidas pelas vilosidades intestinais, as reintrâncias e prtuberâncias da parede intestinal que ampliam significativamente asuperfície específica em íntimo contato com as finas substâncias nutritivas contidas no alimento.

       A parte grosseira não absorvida é então conduzida ao intestino grosso, o qual também absorve água e vitaminas, e por fim expele o restante para o meio exterior através do ânus.

       Para que a nutrição seja completa o alimento ingerido precisa conter forças etéricas e astrais, assimiladas pelos vegetais e pelos animais conforme o manejo praticado pelo agricultor  e pelo pecuarista.

       Porisso o homem do campo  não hesita em dinamizar os preparados chifre-esterco e chifre-sílica. Não hesita em triturar o cristal de quartzo até o nível de um fino pó, onde a superfície específica está aumentada bilhões ou trilhões de vezes para, só então,  processado durante seis meses num chifre de  vaca, poder adequadamente cumprir sua função de processar as surtis informações trazidas pelos raios solares.

       O bom agricultor biodinâmico dinamiza seus preparados  com as próprias mãos, não com bambus ou máquinas. "Nada substitui a mão humana na execução dessa tarefa." (R. Steiner)

       A biodinâmica aproxima-se mais e mais de seu ideal quando simplifica as suas práticas e, na medida do possível, substiui a tecnologia sofisticada pela gratificante criatividade pessoal.

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