DOIS DESTINOS

 Neste momento dois povos inocentes, o russo e o ucraniano, sofrem as consequências de duas ações trágicas perpetradas por um psicopata: a anexação da Criméia e a tentativa de anexar a Ucrânia.

Segundo os relatos a população menos jovem na Rússia

 aprova a psicopatia. Os mais jovens resistem. Têm melhor acesso à informação, apesar do esforço estatal de proibir a veiculação dos fatos.

É uma luta inglória, a do Estado totalitário.

O próprio passado russo comprova essa verdade.

Já foi assim no antigo Império Czarista. A despeito de seu imenso poder foi fragorosamente derrotado pelo    Japão em 1905.

Veio a  I Guerra Mundial e o poderoso Czar foi sucessivamente surrado pelos alemães.

Até que finalmente, em 1917, vieram os revolucionários bolcheviques, leninistas, e jogaram a pá de cal na dinastia Romanov que se mantinha absoluta havia 305 anos.

Prenderam, executaram o Czar Nicolau ll e saíram da guerra.

E logo iniciaram as lutas fratricidas para, em 1922, proclamar o Império Russo-soviético, com a mesma estrutura opressiva dos tempos czaristas. Com uma diferença: intensificou-se o nível de crueldade, estalinista, onde a maior vítima continuou sendo a Ucrânia, justamente a República Socialista fornecedora de alimentos que sustentava a Rússia. Graças ao seu riquíssimo solo preto, o famoso "tchernoziom", о "чернозем", а "чёрная земля", a "Terra Preta", que chega a ter 60 cm de húmus negro natural, de alta fertilidade.

Ironia da História.

Justamente a maior fornecedora de alimentos para a Rússia foi a mais duramente sacrificada pela patologia de um líder, Stalin, que nem russo era. Era georgiano e falava russo mal.

Foi mais um exemplo de um estrangeiro que se infiltrou e levou à desgraça o país que o acolhera.

Stalin, o georgiano na Rússia. Napoleão, o italiano na França.

Hitler, o austríaco na Alemanha.

Para o Império Russo a terceira  lição aconteceu por volta de 1990. A queda do Muro de Berlim e a dissolução espontânea do Império Russo-soviético.

E agora, pela quarta vez, a mesma Rússia, após 22 anos de domínio putinista, encontra-se na  iminência de ver de novo seu

suposto líder, sufocado, asfixiado, isolado, arrastar a nação para o mesmo destino reservado a ele: o ostracismo.

Sempre resta uma esperança: a juventude. A qualquer momento a velharia vai passar, e novos ventos haverão de soprar, na Nova Rússia de Moscou, e na Antiga Rússia de Kiev, na legítima Ucrânia, o berço da cultura eslava naquelas bandas do Leste Europeu.

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