O Estadão

Hoje fui à cidade e parei no Posto Ipiranga, desculpe, no Pioneiro. Queria ler o jornal em troca de um café.

Quase me arrependi. Só notícia ruim. Para compensar, alguns sensatos artigos de colunistas, russos, americanos e brasileiros. A unanimidade é que o monstro liliputiniano está cada vez mais cercado de inimigos, oligarcas e a gente do povo, interna e externamente. É o imenso sacrifício de dois povos, o russo e o ucraniano, por um bem maior: aniquilar a besta apocalíptica. Embora  convicto de que nem tudo está perdido, de que o mundo tem jeito, que a bondade de muitos supera a maldade de poucos, mesmo assim fiquei aturdido. Saí de lá e vim caminhando devagar, atravessei os cruzamentos, atento aos farois, sempre na faixa. Eu estava bem no meu sentido (Guimarães Rosa). Entrei no condomínio certo, não errei a entrada. Porém, imerso em pensamentos, inadvertidamente, passei ao lado de minha casa e segui firme em frente, para  a outra casa, onde eu morava até recentemente. Estava fechada. E eu nem sequer tinha mais a chave para entrar. Imediatamente dei meia-volta, e retornei ligeiro à minha residência atual. O mundo dá muitas voltas. Eu também dou.

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