O SACRIFÍCIO II
O Povo Hebreu, ou o Povo Judeu, entre tantos outros da Antiguidade, foi o único eleito para cumprir três missões importantíssimas e garantir a continuidade evolutiva da Humanidade como um todo.
Um povo haveria de sacrificar-se para o bem geral. Esse povo, para cumprir as três missões cósmicas, dispunha-se ao sacrifício, ou seja estar em constante conflito com todos os outros à sua volta.
Teve que lutar ao carregar a bandeira do monoteísmo contra seus vizinhos, pagãos , politeístas.
Esse povo trouxe ao mundo o pensar claro, lógico, consequente, expresso, por exemplo, na sequência dos fatos narrados por Moisés no primeiro capítulo da Gênesis, A Criação do Mundo e do Homem.
E a terceira, sublime missão: trazer ao mundo o longamente esperado Messias.
A esperança, a espera do Messias marcou a cultura hebraica naqueles séculos.
Até que finalmente, no momento mais crítico, quando a Humanidade mais precisava de um impulso renovador, nasce o menino Jesus no ano 0 de nossa era, na Virada dos Tempos.
Nasce de Maria e José, da linhagem de David.
Tudo conforme às Escrituras.
Era o Povo Eleito, o Povo Judeu (Hebreu), cumprindo a sua mais nobre missão.
Após o batismo no Rio Jordão, de 30 a 33, caminha na Terra Santa o Cristo-Jesus, o próprio Cristo, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. A maior honra para o Povo Eleito: ver a sua terceira sagrada missâo cumprindo-se em seu próprio território.
O povo era testemunha.
Os moradores da Terra Santa afluíam, atraídos pelo teor de seus ensinamentos. Sua fala tinha poder.
A adesão crescia a olhos vistos.
E culminaria com a triunfal entrada em Jerusalém. Montado num burrico, aclamado pela multidão: "Hosana Filho de David"
Naquele domingo as pessoas jogavam folhas e ramos nas ruas. dando as boas vindas ao Messias.
Curiosamente, do domingo à sexta, ao longo da Semana Santa, em cinco dias, algo estranhíssimo aconteceu: um grupo extremado reuniu-se frente a Pôncio Pilatos e exigiu, inapelavelmente: "Crucifica-o! Que seu sangue caia sobre nossas cabeças e de nossos filhos." E assim se fêz, após Pilatos lavar as mãos em sinal de inocência.
Nos próximos dias consumaram-se a Crucificação, a Ressurreição, a Missão dos Apóstolos e a Ascensão aos Céus.
Cinquenta dias depois, Pentecostes, a Festa do Espírito Santo. Todos fatos testemunhados pelos moradores locais, jubilosos por verem sua missão cumprindo-se exemplarmente.
Aquele núcleo de primeiros cristãos era o embrião da Nova Fé, que crescia ativamente.
Apenas uma fração dos moradores locais foi incapaz de acatar o Novo. Permaneceu fiel ao Velho, à Lei Mosaica, à Antiga Aliança, à Torá.
Aquela minoria espalhou-se pelo mundo, sujeitando-se a enfrentar toda sorte de hostilidades, nos vinte séculos seguintes.
Uma parte daquela minoria, hostilizada por todos à sua volta, atendeu ao chamado de Theodor Herzl, e partiu para montar um Estado Judeu, onde os Judeus ( Hebreus) falando hebraico, viveriam em paz permanente, entre si, sem correr nenhum risco de novos holocaustos e pogroms.
Foi assim fundado o Estado Judeu, o novo país Israel, para abrigar os Judeus( Hebreus) perseguidos em outros lugares.
O outrora Povo Eleito iniciou a sua mais ousada empreitada: fundar o seu Estado exclusivo, em 1948.
Israel é hoje um país infiltrado e cercado por inimigos, em permanente conflito.
E o sacrificado povo israelense, manipulado por um governo arcaico e belicoso, presenciou no dia 7 de outubro, a chacina de 1000 cidadãos e o sequestro de 300 reféns, sob o olhar complacente do Mossad e do Shinbet.
Como de costume seguiu-se a retaliação, em conformidade com a Lei de Talião: Israel dizimou 39000 moradores da Faixa de Gaza.
Esses números pesam na contabilidade.
Todo esse sacrifício é imposto ao povo israelense e a seus adversários, sob o pretexto de preparar o país perfeito para receber o Messias verdadeiro.
Quanto tempo o Likud vai esperar?
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